terça-feira, 14 de outubro de 2008

Está chegando a hora...


Amanhã, 15, é o último dia da VTI. Pela manhã o professor Nelson Barrizzeli, da FIA-USP, fará uma reunião de avaliação das visitas técnicas realizadas na Alemanha no Steigenberger Airport Hotel. No começo da tarde, no restaurante Nizza Am Maim, o almoço de encerramento é o último compromisso oficial da VTI. O vôo de volta ao Brasil está marcado para às 22h30 (17h30 horário do Brasil).

Supermercado cooperado







A Sheck-in Center, situada em Frankfurt, é um supermercado cooperado à Edeka. A loja tem 55 mil itens e investe bastante na exposição e no amplo sortimento de produtos, além de fazer com que a iluminação valorize e realce cada detalhe das seções da loja. O resultado do trabalho se reflete no faturamento de 1 milhão de euros por mês. Os alimentos respondem por 85% desse total e os não-alimentos por 15%.

auto-suficiência


Para manter um centro de distribuição de 30 mil metros quadrados o gasto energético é alto. Principalmente se este CD estiver lotado de produtos perecíveis em uma temperatura entre quatro a sete graus. Assim, com 3 milhões de euros de investimento, a Edeka transformou o uso da energia em ganho para a empresa. Na laje do CD foram colocadas placas para absorver a energia solar. A empresa usa o que precisa e fornece o restante para o governo. O governo, por sua vez, repassa para a empresa os créditos da energia quando ela precisa. A energia elétrica gerada no local é suficiente para abastecer 120 mil casas.

Cooperativa atacadista


A Edeka é uma cooperativa atacadista que abastece mais de 10 mil lojas varejistas e tem sete centros de distribuição no território alemão. Somente na região sudoeste do país, onde se situa Frankfurt são 1.300 lojas. Para se associar o lojista deve se filiar a uma cooperativa filiada em sua região, comprar 5% do capital da empresa – entre 5 mil e 15 mil euros – e se abastecer pela rede. A cooperativa fornece o planejamento, a concepção da lojas, conselhos econômicos, marketing e outros serviços que façam com que o lojiste atue no mercado com eficiência para combater a concorrência acirrada. A compra das ações da cooperativa é o menor lado da moeda, pois o investimento para se abrir uma loja de 2 mil metros quadrados é de até 2 millhões de euros. O banco da cooperativa financia o valor em até 18 anos.

Visitas finais


Hoje (14) é o último dia de visitas técnicas na Alemanha. Amanhã, 15, teremos uma reunião de avaliação das visitas e um almoço de encerramento. Hoje pela manhã iremos até a Edeka, uma cooperativa de empresas atacadistas que atende seis regiões diferentes do país. A empresa fica a 60 km de Frankfurt. Em seguida conheceremos na prática como funciona a operação entre uma cooperativa atacadista e uma loja de varejo na prática. A visita será no Scheck-In Center, um hipermercado pertencente a cooperativa, na cidade de Frankfurt.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Vida fácil


Engana-se quem pensa que nas VTIs os translados são realizados facilmente e que os locais ficam próximos uns aos outros. Muito pelo contrário. Os deslocamentos de uma visitação à outra são uma verdadeira movimentação logística que serve como exercício de aprendizado para os empresários que dominam o assunto em seu dia-a-dia. Só para se ter um exemplo, no dia 12 saimos de Amsterdã de ônibus para enfrentarmos 480 quliômetros até Frankfurt. Hoje de manhã (13) saimos de Frankfurt e fomos 250 quilômetros até Dusseldorf para a primeira visita do dia. Logo depois, voltamos os 250 quilômetros até Frankfurt e avançamos mais 30 quilômetros até Weiterstadt para a segunda visita do dia. Em seguida, encerradas as atividades, voltamos para Frankfurt. E assim foi na Inglaterra e na Holanda com dias que começam às 6h00 da manhã e cuja volta para a cidade base se estende pelas 21h00/22h00. Tá pensando que é moleza.

Uma simples idéia







Uma das lojas da Tegut, localizada em Weiterstadt e a 30 quilômetros de Frankfurt, tem um faturamento de 1 milhão de euros por mês. O que ajuda a turbinar o faturamento é uma idéia simples, mas interessante. Os produtos são dispostos na loja pela ordem das refeições: café da manhã, almoço, lanche da tarde e jantar. A idéia surgiu porque não se tem placas no local e era preciso orientar os clientes a localizar os produtos. O único problema é se o cliente quiser tomar conhaque no café da manhã…

Lei do mais forte


No competitivo varejo alemão em que as grandes redes e as cadeias de lojas de descontos dominam o mercado as lojas independentes quase não tem vez. Não é assim para a Tegut, um supermercado com 300 lojas no país e que tem um faturamento de 1 bilhão de euros ao ano e que encontrou um nicho de mercado para sobreviver: os produtos orgânicos. Mais de 25% das vendas da rede advém deste segmento com itens de marcas próprias.

Rumo ao segundo lugar


A Real tem 428 unidades e um faturamento de R$ 50 bilhões no último ano. Ela é uma das seis bandeiras pertencentes ao grupo Metro com 2.300 unidades no mundo e operação em 28 países. A Metro é o terceiro maior varejista do mundo atrás somente do Carrefour e do Wal-Mart. De acordo com os especialistas, a empresa deve ultrapassar o Carrefour este ano e se tornar a segunda maior empresa de varejo do mundo.

Novos conceitos 2


Um show à parte. Assim pode ser definida a tecnologia usada na Real Future Store. Única loja deste tipo na Alemanha, e inaugurada em maio deste ano, o local se utiliza de um sistema de compras por telefone celular onde o cliente, com o aparelho pego na loja, pode fazer suas compras através de um scanner. Este aparelho lê os preços dos produtos nas gôndolas e soma o total. No final é só se dirigir a estação de pagamento sem perder tempo passando os produtos pelo caixa. É só pagar e ir embora.

Novos conceitos


Tecnologia de ponta para testar os conceitos de consumo. Este é o modelo da Real Future Store, uma bandeira do grupo Metro, em que tudo é realizado para que o consumidor fique a vontade na loja usando do que for necessário para que sua compra seja fácil, agradável e tranquila. A loja, nos arredores de Dusseldorf e a 250 quilômetros de Frankfurt, pretende ser um destino para todas as necessidades dos consumidores. Desta maneira, como em qualquer outro grande hipermercado do Brasil, oferece farmácia, lavanderia, salão de beleza e outros tipos de serviços nos corredores que levam a loja. Até ai tudo normal. O xis da questão está no uso e no aparato tecnológico usado no hipermercado.

Última parada

Após deixarmos o país das flores e dos canais para trás, seguimos o roteiro rumo a nossa base situada em Frankfurt, na Alemanha. No total, serão quatro visitas no País em que veremos os mais modernos processos tecnológicos no ponto-de-venda na Metro Future Store. No competitivo mercado alemão, visitaremos a Tegut Store, de administração familiar e que opera com diferenciais que a colocam em igualdade com a concorrência. Iremos também na Edeka Warehouse, uma cooperativa que possui seis empresas atacadistas para atingir seis diferentes regiões do país. Encerraremos a passagem pela Alemanha com uma visita a um dos atacadistas da companhia: a Scheck-in-Center.

Bye Holanda


A VTI caminha para a sua etapa final. Saimos de Amsterdã no domingo (12) e após seis horas de viagem de ônibus chegamos a Frankfurt no final da noite. Os dias na Holanda foram muito produtivos e de fundamental importância para conhecermos as diversas modalidades de formatos de atacado de cash & carry que operam no país. Além disso, a experiência em logística da Flora Holland, uma distribuidora de flores impressionou bastante. Outra visita interessante foi à SHV Holdings, empresa detentora da operação do Makro no Brasil. Outro ponto que merece ser citado foi conhecer a operação da Perdigão no continente europeu.

Trem sem catraca



Para se andar de trem na cidade de Amsterdã não é preciso passar por nenhuma barreira de tíquete ou mostrar o bilhete comprado para alguém. No caminho de ida e volta da Amsterdam Central para a Schipol (estação do aeroporto) e vice-versa em nenhum momento alguém pediu para ver o meu bilhete ou passei por alguma catraca. O governo parte da idéia de que todos irão comprar a passagem e pagar por ela. Agora, para os espertinhos de plantão é melhor nem pensar que se pode entrar e sair sem pagar a passagem. De vez em quando a fiscalização faz blitz e se a pessoa parada não tiver o bilhete a multa é pesada e o assunto pode acabar na delegacia.

Dia de folga




O sábado (11) foi livre e todos aproveitaram para conhecer todas as atrações que a cidade oferece. Uma opção é passear de barco, pois Amsterdã é cortada por seis canais e um rio, o Amstel, o que propicia belos passeios de barcos e uma visão interessante do local e de sua gente. O passeio dura uma média de uma hora e passa por alguns dos principais canais da cidade como o dos imperadores, dos principes e o dos senhores. Outro ponto interessante são os museus como o Van Gogh e a casa de Anne Frank.
Também vale a pena andar a pé pelo centro para conhecer a diversidade de pessoas e estilos que fazem a efervescência da cidade. Só é preciso tomar cuidado com o trem e com as bicicletas. Os trens passam a todo o momento na rua em que os pedestres transitam – ou não podem transitar. As bicicletas fazem parte da paisagem urbana e são um verdadeira instituição na cidade que com 741 mil habitantes tem 1 milhão de bicicletas transitando nas ruas.

sábado, 11 de outubro de 2008

Aldi


A Aldi é uma rede de lojas de descontos da Alemanha com mais de 3 mil unidades pelo mundo inteiro. O sortimento é limitado e a embalagem do produto serve como expositor na gôndola. Sem embalagens, o consumidor leva a compra até o seu veículo no próprio carrinho do supermercado. As lojas têm muita identificação com os consumidores e sempre tem bom movimento. Na volta para Amsterdã, vindos da fábrica da Perdigão em Oosterwolde, o grupo da VTI esteve em uma das lojas.

Desbravando a Europa


Mais de 700 contêineres com 16 toneladas de produtos do Brasil são exportados todos os meses pela Perdigão para a Europa. Para entrar neste mercado, a companhia tem três fábricas no continente, uma na Inglaterra, outra na Romênia e a terceira na cidade de Oosterwolde, localizada a 170 quilômetros de Amsterdã. Mais de 420 funcionários trabalham nestas operações que conta com seis escritórios de vendas e somente sete brasileiros. A idéia é ter na equipe pessoas que conheçam os costumes e os hábitos dos europeus para conquistar mais facilmente o paladar de um dos consumidores mais exigentes do mundo.

Um só lugar




A rede Sligro, atacado de cash & carry, procura ter no mix de produtos de venda equipamentos profissionais que sejam úteis no negócio dos clientes de restaurantes e cafeterias. No Brasil, o Maxxi Atacado também trabalha com equipamentos focados para o dia-a-dia do transformador. Aqui, como no nosso País, a intenção é servir o cliente de todas as maneiras para que ele supra todas as necessidades do negócio em um só lugar.

Vendas em alta


A receita da loja do Makro no Sudoeste de Amsterdã é de 180 milhões de euros por ano. Os alimentos respondem por 52% das vendas e os não-alimentos por 48%. Em 2008, o faturamento da rede na Holanda deve ter um incremento de 6%.

Aproveitamento de espaço


Todas as semanas é colocado algum produto no vão das escadas rolantes que liga os dois andares da loja do Makro, em Amsterdã. O local anteriormente ficava vago. Agora mais de mil unidades são vendidas por semana, seja qual for o item que estiver exposto no local.

Teste de mercado



O estabelecimento do Makro, no sudoeste de Amsterdã, funciona como uma loja piloto. Nela são testadas diversas idéias que, posteriormente, podem estar em qualquer uma das 17 lojas da rede na Holanda ou nas 550 espalhadas pela Europa.

Hipermercado ou atacado?


Um verdadeiro hipermercado apesar de se denominar atacado de cash&carry. Assim é o Makro na Holanda, que aqui e em toda a Europa pertence ao Metro e não ao SHV Holdings - dentetora das operações na América do Sul e na Ásia. Uma loja no sudoeste de Amsterdã tem mais de 60 mil itens de venda em 20 mil metros quadrados de loja. Os consumidores finais são responsáveis por 84% das vendas e os clientes profissionais horeca (hotéis, restaurantes e cafeterias) por 16%. No Brasil, em suas 62 lojas em 22 estados, a proporção de clientes profissionais se inverte com cada vez menos participação de consumidores nas vendas.

Aquisições à vista

Expansão é a palavra de ordem no Makro, empresa do Grupo SHV e com operações na América do Sul e na Ásia. Para seguir esta máxima do varejo moderno, - que precisa crescer para se manter- a empresa procura locais para novas lojas e empresas de pequeno porte para serem compradas. Inclusive no Brasil.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Almoço holandês


Ontem (09), os participantes da VTI foram recebidos para um almoço, no estilo holandês – com pães, leite e frutas – por Martin Winkel, operational staff da SHV Holdings e Stephan Nanninga, CEO do Makro na América do Sul e na Ásia. O encontro, que contou com uma apresentação sobre a SHV, foi na cidade de Utrecht, a 50 minutos de Amsterdã, onde se localiza a sede da holding. A Minasgás, a Supergasbras e o Makro são empresas da SHV que atuam no Brasil. A companhia surgiu na Holanda em 1896 e atualmente atua em 41 países com diversas modalidades de negócios como, por exemplo, distribuição de gás, exploração de petróleo, lojas de cash & carry, além de ter participações em outras empresas.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Operação eficiente



A logística aplicada em Flora Holland impressiona qualquer observador pela eficiência da operação. Só para se ter um exemplo de como isto funciona, para que um buquê de flores esteja a venda em New York, no dia seguinte ao ser comprada por aqui, acontecem as seguintes etapas a seguir. As flores vão para os leilões, que se realizam das 6h00 às 8h00 da manhã, após isto, seguem para os boxes dos devidos compradores que devem embarcá-las para o destino até às 11h00 no aeroporto. Pelas 23h00 as flores estarão em Nova York e amanhã cedo estarão a venda em alguma floricultura da cidade.

No tempo certo


Um movimento impressionante de mais de 700 carrinhos que movimentam flores e as trasportam de um local para o outro toma conta de Flora Holland diariamente. O movimento perfeito entre eles impressiona os visitantes. Eles cruzam e viram as ruas e os espaços do CD para garantir uma sincronização perfeita no trasporte das flores do local sem bater um no outro e no seu devido tempo.

Mercado florido


O dia estava escuro ainda, por volta das 7h30 da manhã e com uma temperatura de seis graus, quando adentramos na porta da maior cooperativa de flores dos países baixos, a Flora Holland. Com uma área de 755 mil metros quadrados, o local tem 4.500 produtores associados e comercializa, em leilões, mais de 48 milhões de flores por dia para o mundo inteiro. Mais de 40 mil transações diárias são realizadas, o que contribui para que ao final de um ano de trabalho a receita atinja 4, 1 bilhões de euros. No total, são seis unidades do Flora Holland espalhados pelo país, que é responsável por 60% da exportação de flores para o mundo.

Novos horizontes


O grupo da VTI chegou a Amsterdã, na Holanda, na noite de ontem, dia 08/09 às 21h30 (16h30 horário do Brasil), onde ficará até o próximo domingo, 12. No roteiro estão programadas visitas em companhias como Flora Holland, Grupo SKV, Rede Sligro, Makro, Perdigão e World Union Wholesale Markets.
A cidade de Amsterdã tem 741 mil habitantes e é a capital do país.

Mudança de direção


Um mercado difícil de trabalhar, pois conta com tudo realizado em matéria de tecnologia, serviços oferecidos e formatos, além de ter um modelo de relacionamento consolidado entre a indústria, o atacado e o varejo. Este é o cenário da Inglaterra para as empresas que desejam entrar no mercado atacadista atualmente, de acordo com a conclusão dos participantes da VTI e exposta durante a reunião de avaliação das visitas realizadas no país.
Para o grupo, o mercado brasileiro – onde muitas coisas ainda podem ser realizadas oferece grandes oportunidades para o atacado distribuidor. Para isto é preciso apostar na tecnologia, no serviço, no preço, nos formatos e, até, repensar a maneira de atuação no mercado.
Após a reunião, o grupo seguiu para Amsterdã onde se realizará a segunda parte da viagem que ainda contemplará a cidade de Frankfurt, na Alemanha, como último destino.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Hora de ir


Amanhã, dia 08 de outubro, após uma reunião de avaliação com o grupo no Hotel partimos para Amsterdã, na Holanda.

Vai entender


Ouvir o cliente ou não ouvir o cliente? Eis a questão enfrentada pela Costco Atacado, localizada na terra de William Shakespeare. Em dois exemplos recentes a empresa obteve resultados semelhantes, nos contou o gerente da loja de Watford. No primeiro momento, os clientes pediram para que se diminuisse o tamanho da pizza quadrada pré-pronta que a empresa oferece na rotisserie pois ela não cabia em forno algum. Ao colocar a solicitação em prática houve diminuição nas vendas. Após retornar ao tamanho original houve um incremento de 20% na receita porque as pessoas cortavam a pizza e a faziam caber no forno. Em outro caso, a solicitação era para que os muffins, produtos mais vendidos na padaria da loja, diminuissem de quantidade na embalagem, passando de 12 para 6 unidades. Idéia em prática, um fiasco de 30% menos nas vendas, pois os clientes achavam pouca a quantidade oferecida, mas ao mesmo tempo não levavam outra embalagem com mais seis. Após a volta para as 12 unidades, o consumidor, feliz e satisfeito, voltou a comprar e o produto voltou a ser líder. O segredo é que eles forçam uma venda maior e o consumo responde de maneira positiva.

Faturamento de respeito


Nem sob tortura os diretores e gerentes revelam o faturamento das lojas da Costco atacado, mas números extra-oficiais, colhidos durante a visita, garantem que a loja da cidade de Watford, com 14 mil metros quadrados, obtém uma receita anual de R$ 600 milhões de reais. Os números são astronômicos se compararmos com a média de uma loja de mesmo tamanho no Brasil de uma grande rede de varejo ou mesmo de atacado. Um hipermercado no Brasil fatura anualmente R$ 90 milhões e algumas lojas de auto-serviço obtém receita de até R$ 150 milhões, mas 55% da receita da Costco desta cidade advém de não-alimentos, o que garante um valor bruto maior. A margem operacional da rede é de 9,94%.

Expansão acelerada


A Costco pretende ter 712 estabelecimentos nos Estados Unidos e 50 no Reino Unido daqui a cinco anos. Atualmente a companhia opera 389 lojas nos EUA e 19 no Reino Unido. Nos próximos cinco anos poderão ser abertas 323 novas lojas na terra do Tio Sam e 31 na Grã-Bretanha. A informação partiu de Steve Banett, diretor-comercial da Costco na Inglaterra, durante a visita que fizemos a loja da cidade de Watford, a uma hora de Londres.

No meio do caminho


Uma loja com tudo para ser de passagem que virou um local de destino. Assim é a Marks & Spencer, localizada dentro de um posto de gasolina da BP. Com fartura de comida pronta e bebida, mesma característica da visita anterior, o estabelecimento de conveniência não é apenas um local de parada estratégica para comprar algo no meio do caminho dos motoristas. De acordo com o gerente, as pessoas e os moradores da região se abastecem do mix de 2 mil produtos e aproveitam o espaço de 180 metros quadrados para comprar o que precisam diariamente. A mistura entre conveniência, comodidade e praticidade garantem a loja uma receita de R$ 1,6 milhão por mês.

Modelo eficaz


A Spars, próxima ao Hyde Park, é uma loja de vizinhança com fidelidade total ao seu fornecedor atacadista: AF Blackmore. Na verdade, a loja é uma das 524 unidades da empresa atacadista que opera 2578 lojas no Reino Unido, entre próprias e associadas. Em um espaço de 200 metros quadrados são administrados mais de 2 mil itens nas prateleiras. O local praticamente não tem estoque, que é reposto diariamente. Com grande fartura de comidas prontas e bebidas - que proporcionam maior rentabilidade-, o estabelecimento atende uma grande quantidade de turistas e consumidores de passagem, o que garante uma receita de R$ 650 mil.

O futuro das vendas é uma realidade


Os vendedores das empresas atacadistas no Reino Unido não tiram pedidos e nem fazem vendas na prática. Na realidade eles não existem, pois os pedidos são feitos eletronicamente via sistema. Os antigos vendedores são promotores de negócios. Eles dão todo o serviço para que o cliente só se preocupe com a operação final que é o de atender bem ao seu consumidor. Eles trabalham melhor a organização do ponto-de-venda, o merchandising, a promoção e o estoque. Com isto aumentam o giro do cliente e, consequentemente as vendas melhoram para todos.

Doce crescimento


Logo pela manhã, às 9h30 no horário londrino, na sala Mackenzie do Waldorf Hotel, tivemos uma apresentação de Nick Canney, diretor de vendas da Cadbury na Inglaterra. O executivo forneceu números que apontam que a categoria de confeitos teve um faturamento de US$ 4, 2 bilhões no ano passado no Reino Unido, ficando atrás somente de refirgerantes com US$ 6 bilhões, no mesmo período. Os chocolates tem uma receita anual de US$ 3 bilhões. Para a companhia, as vendas por impulso representam 40% da fatia de mercado e 59% por compra programada. A idéia é crescer 5% ao ano em cada uma dos segmentos ao ano. “Para isto, a empresa tem 400 pessoas no departamento comercial para atender os canais de venda desta região”, comentou.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Tecnologia


Um CD totalmente informatizado com 20 máquinas robôs que correm os pisos transmagnéticos distribuindo, separando e carregando mercadorias. Este é o cenário do Minworth Distribution Center, que conta ainda com transelevadores para as mercadorias e capacidade de 72 mil posições pallets.

Grandiosidade


O Minworth Distribution Center, na cidade de Minworth e a 200 quilômetros de Londres, de propriedade da Cadbury, tem 51 mil metros quadrados e 18 metros de altura. O valor do estoque do local está em R$ 224 milhões. O local é maior que o antigo estádio de Wembley.

Novos produtos


A Cadbury, líder com 27,8% de participação no mercado de chocolates do Reino Unido, produz chocolate na Argentina, Uruguai e Chile. No Brasil, a Cadbury Adam’s fabrica chicletes, balas e confeitos de mascar. A visita a Cadbury World, em Birmingham, fez parte da programação da VTI.

Food service em alta


As vendas para o mercado de food service são o que mais crescem dentro da operação da AF Blackmore. Atualmente, cerca de 15% das vendas do atacado são para este mercado, que cresce entre 4% a 5% ao ano, segundo Peter Blackmore, diretor-executivo da companhia.

Serviço eficiente


Um coisa ficou clara no primeiro dia de visitas técnicas aos atacadistas da Inglaterra. Aqui, o que os clientes varejistas procuram é um serviço eficiente com tecnologia e os atacadistas podem cobrar por isto. No Brasil existe uma busca constante pelo custo menor. Assim, as empresas atacadistas não podem cobrar pelo serviço que oferecem, pois os varejistas procuram o menor preço sempre em detrimento a um fornecimento confiável.

País continental


Os 103 caminhões, com tamanhos de 18 e 36 toneladas, da frota da AF Blackmore rodam mais de 11,2 milhões de quilômetros por ano para atender os 210 milhões de habitantes do Reino Unido. No Brasil, muito maior em tamanho, com o mesmo número de caminhões, a quilometragem rodada seria de 18 milhões por ano, estimam os empresários do setor.

Sustentabilidade em alta


No CD da AF Blackmore todos os caixotes de papelão de produtos frescos são lavados e acondicionados para retornar ao mercado. No total, mais de 97% do papelão e dos resíduos de plástico que chegam ao local são recuperados. Isto representa 2 mil toneladas por funcionário ao ano. O próximo passo da empresa é recuperar o lixo gerado pelos consumidores nas lojas de conveniência da rede.